É muito comum eu receber de pacientes os seguintes relatos ou dúvidas:
- “Perdi 100% o olfato, depois comecei a recuperar lentamente… Agora já não tenho certeza de como era antes.”
- “Será que realmente recuperei tudo? Ou meu olfato ainda está um pouco comprometido?”
- “Fiz um tratamento mas não sei se estou realmente melhor… Como comparar antes e depois?”
Normalmente eu sempre dou a mesma resposta:
O ideal é testar! Fazer um dos testes de olfato.
Imagine se as perdas auditivas fossem tratadas sem audiometria?
Ou as perdas visuais sem exame de vista?
Temos atualmente 2 tipos de testes de olfato validados para a população brasileira.
Agora vamos entender como cada um desses testes de olfato funcionam:
Teste de Olfato 1: Teste de Identificação dos Cheiros da Universidade da Pensilvânia (UPSIT)
“Raspar e cheirar“
Esse teste de olfato consiste em identificar 40 odores através da raspagem de pequenos retângulos que liberam o cheiro.
Foi validado para a população brasileira em 2013 e permite classificar o grau da perda de olfato em 4 níveis:
- Microsmia LEVE
- Microsmia MODERADA
- Microsmia SEVERA
- Anosmia
Teste de Olfato 2: Olfatometria de Connecticut
“Identificação e Limiar”
É um teste que permite documentar a função olfatória através da pesquisa de identificação de 8 odores e da realização de limiar olfatório.
O limiar consiste na capacidade de reconhecer um mesmo cheiro em diferentes diluições.
Foi validado para a população brasileira em novembro de 2020.
Neste teste, as narinas direita e esquerda são avaliadas separadamente, recebendo uma pontuação que permite classificar a perda de olfato em 4 níveis:
- Microsmia LEVE
- Microsmia MODERADA
- Microsmia SEVERA
- Anosmia
Ambos os testes permitem uma avaliação mais objetiva e o acompanhamento evolutivo de um sintoma tão subjetivo quanto a perda de olfato.
É comum que as pessoas imaginem que seu comprometimento é pior ou melhor do que de fato é.
Esse sentimento depende de vários fatores, como o estado emocional, por exemplo.
O teste de olfato, também conhecido com OLFATOMETRIA, traz informação mais confiável sobre a gravidade do problema.
Fontes:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-10032014-090524/publico/MarcoAurelioFornazieri
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1808869420301890?via%3Dihub
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