Acho que estou com COVID! E agora?

Acho que estou com COVID! E agora?

Essa frase com certeza passou pela cabeça de muitos brasileiros esse ano. E junto a ela, surgem inúmeras preocupações, medos, culpas e dúvidas.

Qual teste fazer? Quando devo ir a uma emergência? Devo tomar alguma medicação? E minha família?

A COVID-19 é uma doença nova, na qual o mundo todo se lança em pesquisas simultaneamente.

A quantidade de informações surgindo a cada dia é imensa e fica realmente difícil tomar todas estas decisões sozinho, ainda mais com o emocional abalado.

Os sintomas sugestivos de COVID-19 podem ser apenas uma “garganta arranhando”, nariz escorrendo, fraqueza, dor de cabeça até sinais mais específicos, como falta de ar, ausência de olfato e paladar.

Em caso de sintomas ou contato com alguém que testou positivo para COVID-19, a teleconsulta (uma consulta online com um médico de sua confiança) seguida pelo telemonitoramento (avaliação da evolução dos sintomas e dos sinais vitais à distância pelo médico até a resolução do quadro) podem trazer muita segurança e acolhimento ao paciente e sua família neste momento tão difícil.

Na consulta inicial, já podem ser solicitados exames, indicadas algumas medicações e fornecidas informações importantes, como a melhor forma de fazer o isolamento domiciliar de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19.

A partir daí, o paciente pode ser telemonitorado, enviando 3 vezes ao dia um relatório ao médico com seus sintomas e principais sinais vitais.

Os sintomas podem variar entre os pacientes, mas de maneira geral é importante acompanhar: febre, dor de cabeça, tosse e falta de ar. Outros sintomas também devem ser anotados.

Os sinais vitais que serão medidos vão depender dos aparelhos você tem em casa.

O oxímetro vai medir a frequência cardíaca e a saturação de oxigênio, que são parâmetros muito importantes para decidir se há necessidade de ir ao hospital.

Caso você possua um aparelho de pressão digital, a medida da pressão arterial pode trazer informações sobre a gravidade da infecção.

Em pacientes diabéticos, é importante incluir a glicemia na tabela.

Exemplo de “tabela profissional” enviada por um paciente que com certeza é da área de exatas!
Exemplo de tabela mais simples, que pode ser feita à mão.

Dicas:

  • Caso você não tenha um oxímetro, alguns celulares possuem esta função.
  • Para contar sua frequência cardíaca sem aparelhos, coloque um cronômetro de 1 minuto no celular e conte quantas vezes a artéria do seu pulso ou do seu pescoço “bate”.
  • Para contar sua frequência respiratória caso você esteja em isolamento sozinho, deixe o celular filmando os movimentos do seu tórax e abdômen e depois conte quantos movimentos acontecem em 1 minuto. O normal para o adulto é até 20 respirações/minuto.

Os quadros respiratórios podem se agravar na segunda semana de sintomas, quando temos que redobrar a vigilância.

Alguns pacientes podem ter hipóxia (redução da taxa de oxigênio no sangue) ou complicações como tromboses ou arritmias cardíacas.

O acompanhamento médico pode trazer segurança, acolhimento e alívio em um momento tão difícil! E você? Já foi telemonitorado? Conte pra gente como foi a sua experiência!

Atenção: Estas orientações não substituem a necessidade de consulta médica.


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Em virtude da pandemia de Covid-19, provisoriamente, será realizado o atendimento médico por telemedicina, de acordo com a Portaria nº: 467, de 20 de março de 2020, do Ministério da Saúde.

Este atendimento também está em conformidade com a Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1.643, de 26 de agosto de 2002.

O objetivo desta modalidade de atendimento é reduzir a propagação do vírus, protegendo a população de possível contágio, garantindo assistência médica aos pacientes que não possuem quadros clínicos emergenciais.

A teleconsulta consiste numa consulta remota por vídeo sem exame físico presencial, portanto o diagnóstico à distância tem um risco maior de falha do que quando realizado presencialmente.

Em alguns casos específicos, o médico pode considerar essencial um exame físico para a condução do caso e orientará como, onde e quando tal exame físico será realizado.

Eventualmente, o médico poderá orientar o paciente a encaminhar-se a uma unidade de pronto atendimento. Tal conduta não anula seu ato médico nem elimina a possibilidade de cobrança pela teleconsulta.

Idealmente, deverá ser escolhido um ambiente tranquilo, silencioso e com privacidade para realização do atendimento. O uso de fones de ouvido também pode ser útil para melhor qualidade do som durante a avaliação.

Desta forma, declaro, que:

1) O referido médico informou sobre as limitações desse tipo de atendimento e o caráter de exceção do mesmo.

2) Fui informado (a) que o referido médico, atendendo ao disposto nos artigos. 22°1 e 34°2 do Código de Ética Médica, irá sugerir o tratamento médico, prestando informações detalhadas sobre o diagnóstico e sobre os procedimentos a serem adotados no tratamento.

3) Reconheço a fundamental importância da precisão e veracidade das informações que passarei a respeito de minha saúde e assumo a responsabilidade consequentes a quaisquer omissões ou inveracidades minhas.

4) Compreendo que a teleconsulta é pontual e não garante ao paciente direito ao atendimento por tempo indeterminado ou a disposição do médico em outros horários não acordados previamente.

5) estou ciente de que o tratamento adotado não assegura a garantia de cura, e que a evolução da doença e do tratamento podem obrigar o médico a modificar as condutas inicialmente propostas, sendo que, neste caso, fica o mesmo autorizado, desde já, a tomar providências necessárias para tentar a solução dos problemas surgidos, segundo seu julgamento.

6) Fui informado(a) que serei orientado(a) a respeito de métodos terapêuticos alternativos e que serei atendido em minhas dúvidas e questões, através de linguagem clara e acessível.

7) Fui informado(a) que receberei todas as explicações necessárias, em linguagem clara e acessível, quanto a minha doença e seus riscos.

Também serei orientado(a) sobre o tratamento proposto com seus possíveis riscos, benefícios, efeitos colaterais, prognósticos e alternativas de tratamento, não sendo possível dar garantias absolutas de que o tratamento proposto alcance os resultados esperados e que seja necessária associação ou complementação com outra modalidade terapêutica.

Serei ainda, informado(a) sobre os riscos e/ou benefícios de não ser tomada esta atitude terapêutica diante da natureza da minha doença.

8) Li as informações contidas no presente instrumento, as quais entendi perfeitamente e aceitei, compromissando-me a respeitar integralmente as instruções fornecidas pelo médico, estando ciente de que sua não observância poderá acarretar riscos e efeitos colaterais ao paciente.

Assim, tendo lido, entendido e aceito as explicações sobre os mais comuns RISCOS E COMPLICAÇÕES relacionados ao tratamento proposto, bem como das limitações inerentes ao atendimento a distância e o caráter excepcional do mesmo, expresso meu pleno consentimento para sua realização ou consecução.